Por ser a principal ligação de transporte coletivo entre a região central de São Paulo e a região do ABC Paulista, a linha 10 – Turquesa da CPTM teve de passar por uma readequação nas estações Ipiranga, Saladino e Utinga. As obras ocorreram sem a interrupção da circulação dos trens de passageiros e de carga.
O DESAFIO
A Linha 10 – Turquesa é a principal ligação de transporte coletivo entre a região central de São Paulo e a região do ABC Paulista. Com início na Estação da Luz e término na Estação Rio Grande da Serra, ao longo de seus 37 km de extensão e 14 estações ela cruza a região sudeste do município de São Paulo, além dos municípios de São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Esta linha tem importante papel na rede de transporte coletivo, pois proporciona integrações nos seguintes pontos: Estação da Luz (Linhas 7 e 11 da CPTM; Linhas 1 e 4 do Metrô), Estação Brás (Linhas 7, 11 e 12 da CPTM; Linha 3 do Metrô), Estação Tamanduateí (Linha 2 do Metrô e ônibus da EMTU), Estação Santo André (Corredor Metropolitano da EMTU) e Estação Rio Grande da Serra (sistema de ônibus da EMTU).
A CPTM possui um Plano de Expansão e Modernização que envolve ações direcionadas à ampliação, recuperação e modernização de suas linhas, com o intuito de ampliar a capacidade de transporte e elevar o padrão de qualidade dos serviços prestados. Dentro deste plano estão inseridos os projetos de readequação funcional da Linha 10 – Turquesa, para os quais a CPTM contratou empresas especializadas para o desenvolvimento destes projetos, visando promover a acessibilidade universal às estações, racionalizar a circulação e prover maior segurança e conforto aos seus usuários.
NOSSA MISSÃO
De 2012 a 2015, a SYSTRA atuou na revisão dos projetos básicos e elaboração dos projetos executivos de arquitetura, engenharia e meio ambiente das Estações Ipiranga, Utinga e Saladino.
Nossa atuação ocorreu no detalhamento de alternativas de projeto, assegurando a viabilidade de implantação de cada obra sem interromper a circulação dos trens de passageiros e de carga. Os trabalhos desenvolvidos envolveram os seguintes objetivos específicos:
- Apresentação de visão global de cada obra e identificação de todos os elementos construtivos;
- Concepção de soluções técnicas globais e localizadas;
- Identificação e relação dos tipos de serviços a serem executados e os materiais empregados na obra, de forma a assegurar os melhores resultados para o desempenho do empreendimento;
- Subsídio à documentação técnica para a execução e gestão de cada obra;
- Tratamento adequado das questões ambientais, minimizando os impactos no entorno;
- A necessidade de implantação de escadas fixas, rolantes e elevadores especiais na ligação entre mezanino e plataformas e escadas e rampas nos acessos externos;
- Proposições de integrações físicas e funcionais com outros modos de transporte, principalmente o não motorizado, propondo estações com melhor acessibilidade para pedestres e prevendo equipamentos para integração com as bicicletas.
Em termos específicos de acessibilidade, os projetos visaram assegurar que as estações fossem dotadas de todos os dispositivos necessários para a plena e segura circulação dos usuários com necessidades especiais, incluindo os seguintes aspectos:
- Dispositivos e rampas de acessibilidade nos arredores das estações;
- Dispositivos de sonorização, iluminação e mapas táteis;
- Sanitários adaptados;
- Implantação de rotas-táteis e linhas-guia no entorno e acessos da estação, até o embarque nos trens;
- Remoção de barreiras físicas à circulação, em atendimento à norma NBR 9.050/2004;
- Instalação de placas de comunicação visual, tátil e sonora nas plataformas e mezaninos;
- Instalação de elevadores;
- Regularização de pisos, visando o acesso seguro e irrestrito de pessoas com necessidades especiais.
O essencial do projeto
A revisão dos projetos básicos e elaboração dos projetos executivos das Estações Ipiranga, Saladino e Utinga teve como foco principal adequar estas construções para promover a acessibilidade universal, facilitando as integrações intra e intermodais. Neste contexto, a capacidade técnica das equipes multidisciplinares da SYSTRA foi fundamental para detalhar as soluções executivas mais adequadas e modernizar estas estações através das intervenções propostas nos layouts atualmente existentes.





